Como funciona um Centro de Operações do Sistema Elétrico
De Florianópolis (SC), é possível desligar um transformador de uma subestação localizada no meio da Floresta Amazônica, entre os estados do Pará e Amapá, onde só é possível acessar presencialmente através de balsa. Essa é uma das diversas atividades que um Centro de Operações do Sistema (COS) de uma empresa de Operação e Manutenção (O&M) é responsável por executar o despacho de cargas dos ativos de maneira para melhor equilíbrio sistêmico.
Os equipamentos dos ativos elétricos, como linhas de transmissão, subestações, conjuntos eólicos e solares, usinas hidrelétricas, alimentadores dos parques eólicos, sistemas de serviços auxiliares e unidades geradoras podem ser comandados através de um ambiente repleto de grande monitores, constantemente supervisionados por profissionais através do monitoramento das grandezas analógicas e digitais.
Um Centro de Operação atua 24 horas por dia e sete dias por semana, executando remotamente as manobras de desligamento, isolamento e normalização quando da necessidade de ajustes ou recomposições de equipamentos ou da instalação. Dessa forma, a equipe de manutenção local tem condições seguras para realizar as devidas intervenções.
São inúmeras as vantagens da operação remota de instalações a partir de um centro de operação:
– redução dos custos operacionais;
– maiores investimentos na qualificação de operadores e de recursos tecnológicos nos centros de operação;
– redução de riscos decorrentes de deslocamentos de operadores, especialmente em regiões de difícil acesso, e em condições climáticas desfavoráveis que podem, inclusive, dificultar ou impedir os acessos.
Competências de um COS
Um Centro de Operações tem uma estrutura interna de fácil interação, porém separada fisicamente, principalmente, para proporcionar um ambiente confortável e de concentração para os operadores
Programação:
Executa a análise das solicitações de intervenção internas e externas, elabora os planos de manobras para isolação dos equipamentos, faz a interlocução com as áreas de programação do ONS e demais agentes. Também consolida o Programa Diário de Produção de Energia.
Tempo real:
Monitora e comanda equipamentos, garantindo a faixa normal de operação desses. Realiza manobras demandadas pelo ONS e demais agentes e manobras de isolação e normalização dos equipamentos.
Pós-operação:
Elabora os relatórios com os indicadores necessários e gerencia os ambientes SATRA , SAMUG e AMSE, consistindo ou contestando lançamentos do ONS.
Normatização:
Elabora manuais, estudos e instruções de trabalho aos operadores, de acordo com os Procedimentos de Rede, em especial ao Manual de Procedimento Operativos e instruções internas. Visa trazer aos operadores as informações necessárias de forma rápida, precisa e segura.
Telecom:
Mantém os sistemas de telecomunicações em pleno funcionamento, garantindo os indicadores de tele assistência dos Procedimentos de Rede.
Automação e implantação de novos projetos:
Implanta novas instalações ao COS, desenvolvendo drives de comunicação, telas do Elipse, listas de alarmes e eventos. Além da manutenção do sistema já instalado, garante os indicadores de tele assistência dos Procedimentos de Rede.
Comunicação com órgãos
A comunicação de um Centro de Operações com agentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e com os próprios ativos é realizada através de links terrestres e satélites, sendo sempre registrada através de sistemas de gravação de voz.
Para garantir a fidelidade das mensagens e preservar a segurança do sistema elétrico a equipe de tempo real interage com o ONS e demais empresas que compartilham do mesmo Sistema, através de uma linguagem padrão que deve cumprir o Manual de Procedimentos da Operação do ONS.
Os sistemas de comunicação devem possuir alta disponibilidade, atendendo ao critério mínimo de 99,98%, ou seja, em um ano inteiro o sistema de comunicação não pode apresentar falha superior a 105 minutos. Para isso, todo o sistema deve possuir redundâncias que garantam tal performance.
Infraestrutura
A infraestrutura de um Centro de Operações em tempo real deve respeitar além de questões ergonômicas adequadas aos operadores respeitar os requisitos de procedimento de rede submódulo 2.16, ao qual destacam
– Backup de sala de operações;
– Segurança digital e proteção contra-ataques cibernéticos;
– Gravação de voz entre o COS e as plantas e entre o COS e o ONS;
– Monitoramento em tempo real dos links de comunicação.
– Fonte CA (Corrente Alternada) externa e outra fonte redundante, além de nobreaks que mantem o sistema ativa durante as comutações das fontes.
Tempo Real Cotesa Engenharia
São atendidos ativos críticos e de grande relevância ao Sistema Interligado Nacional (SIN), como usinas do Tipo I, II (A,B,C) e Subestações além de cumprir os requisitos dos procedimentos de rede.
A Cotesa Engenharia está apta a operar tipo de Ativo tanto de Geração quanto de Transmissão de Energia, tais como: Subestações de alta e extra alta tensão, Usinas Fotovoltaicas, Usinas Eólicas e Hidroelétricas.
Os desafios operativos da COTESA são constantes e a empresa se mantém vigilante ao atendimento integral aos procedimentos de rede estabelecidos pelo Operador Nacional do Sistema, bem como com grande compromisso de eficiência na gestão e despacho dos ativos de nossos clientes
Uma operação em tempo real eficiente promove confiabilidade junto aos Sistema Elétrico bem como para toda a comunidade.