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Como a tecnologia colabora na Operação e Manutenção de sistemas elétricos

Pode ser que a ciência ainda não tenha conseguido ir tão longe quanto as invenções do filme “De Volta para o Futuro” ou do seriado “Jetsons”, mas as novas tecnologias adotadas nas últimas décadas já provou ser uma grande aliada das pessoas e empresas. Na área de operação e manutenção de ativos de geração, transmissão e distribuição do setor elétrico não é diferente e as inovações contribuem para o avanço de produtividade e eficiência.

Se anteriormente era preciso mobilizar uma equipe de técnicos para fazer uma inspeção em linha de transmissão, hoje um aparelho drone disponibiliza mais informações de qualidade para análise em um tempo menor, diminuindo também a chance de riscos aos profissionais.

Listamos algumas inovações que têm trazido mais celeridade e segurança aos trabalhos de O&M, aliado ainda a uma redução de custos.

Operação

A tecnologia 4.0 busca a utilização de recursos computacionais avançados para a automatização de processos industriais. Um dos exemplos é a PMU (Phasor  Measurement Unit), um sistema de medição que viabiliza a realização da medição de grandezas fasoriais em instalações geograficamente distantes, a uma taxa de até 60 medidas por segundo e com precisão angular adequada aos requisitos das aplicações.

Essa evolução tecnológica nos sistemas de comunicação viabiliza a transferência de dados, tanto na alimentação de bancos de dados quanto nas ações em tempo real, agilizando os processos e viabilizando a correta tomada de decisão por parte dos operadores.

Recursos do ONS (Operador Nacional do Sistema), tais como: sistemas de alívio de carga, sistemas especiais de proteção (SEP), sistemas computacionais de coleta de dados, simuladores de tempo real, entre outros, aumentaram a segurança operacional dos Sistema Interligado Nacional (SIN). 

Nos sistemas de controle e proteção, a tecnologia digital propiciou recursos tecnológicos que permitem operar remotamente, através de Centros de Operação, usinas geradoras de energia elétrica e subestações, inclusive com maior eficiência, melhor assertividade e com a redução de custos operacionais.

Os centros de operação da Cotesa Engenharia, por exemplo, dispõem de painéis de LED, onde estão projetados os diagramas dos sistemas operados com indicação de status e grandezas elétricas, eventos de natureza operativa e outros softwares que permitem aos operadores, simular ocorrências, avaliar eventos com maior precisão e adotar ações necessárias ao restabelecimento das condições normais, no menor tempo possível, reduzindo os impactos das ocorrências.

Manutenção

Na área de manutenção, recursos computacionais permitem acessar os relés de proteção à distância, através de sistemas de comunicação, tanto para avaliar performance quanto para executar ajustes e parametrizações. Registros de ocorrências armazenados em oscilógrafos são acessados remotamente, permitindo melhor compreensão dos eventos, facilitando as análises e as soluções necessárias.

Nas manutenções de campo, o avanço na tecnologia dos instrumentos disponíveis às intervenções, como termo visores, oscilógrafos, analisadores de relés de proteção e malas de testes multifuncionais, vem melhorando a qualidade das avaliações de performance dos equipamentos, com

Os alertas desses equipamentos permitem identificar riscos de falha, através das manutenções preventivas, e se antecipando às falhas conseguem maximizar a disponibilidade dos ativos. Câmeras de alta resolução instaladas estrategicamente nas instalações também permitem monitorar remotamente as condições físicas dos equipamentos instalados nos ativos de transmissão e geração.

A utilização de drones dotados de recursos computacionais, para inspeção e manutenção nas linhas de transmissão está se tornando mais frequente. Tais recursos permitem reduzir o tempo das inspeções, agregando qualidade e redução de custos operacionais, além de facilitar as inspeções em locais de difícil acesso. 

Cabe, entretanto, salientar que, a utilização de sistemas automatizados e inteligentes, trouxeram novos riscos à operação dos sistemas, tais como panes dos sistemas de controle e vulnerabilidades aos ataques cibernéticos. Os riscos são mitigados pela adoção de sistemas de proteção desenvolvidos e atualizados permanentemente para esse fim e de políticas adequadas de gestão e de conscientização dos usuários.

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