O Dia Mundial da Energia Elétrica, comemorado neste 29 de maio, nos faz refletir sobre como o sistema elétrico brasileiro foi afetado desde o início da pandemia, em março de 2020 e a sua retomada desde então. Mais do que um serviço considerado essencial, manter hospitais, farmácias, supermercados, comércios e residências energizadas é um compromisso com a população brasileira para superar este desafio.
As empresas prestadoras de serviços de Operação & Manutenção de ativos elétricos, por exemplo, tiveram de rapidamente se adaptar aos protocolos de higiene e saúde para reduzir a probabilidade de contágios entre os colaboradores. A Cotesa Engenharia, por exemplo, teve de ativar o seu Centro de Operações de contingências de forma a separar as equipes, diminuir a interação social no ambiente de trabalho e, consequentemente, reduzir o risco de contágio.
Para as distribuidoras, a Conta COVID representou um alívio financeiro à queda de receita atribuível à pandemia casada à redução de pressões tarifárias em 2020 e do não-pagamento de contas por parte dos consumidores. Esse gesto manteve a reputação do setor elétrico enquanto ambiente seguro e atrativo para a realização de investimentos.
O consumo de energia elétrica está diretamente ligado ao crescimento do PIB e os dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) mostram um cenário positivo. Os setores de Comércio e Serviços, fortemente impactados pela COVID-19, tiveram uma recuperação significativa na primeira quinzena de abril de 2021. O consumo de energia elétrica pelos segmentos no mercado livre cresceu 31,2% e 45%, respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano passado, o que demostra uma retomada das atividades.
Outra notícia positiva é a volta de leilões de geração de energia, após o cancelamento em 2020 por conta da Covid-19 e as incertezas do crescimento do mercado. O primeiro certamente está marcado para 25 junho, com os leilões de energia nova A-3 e A-4, e em setembro seriam do tipo “A-5” e “A-6”. Segundo cronograma lançado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), até 2023 serão realizados até oito leilões de energia “nova”, ou seja, gerada por usinas que ainda serão construídas.
Esta data comemorativa, que promove a conscientização sobre a eficiência energética e o uso racional de energia, neste ano também se soma ao reconhecimento do setor elétrico por atravessar este desafio.
*João Junklaus, presidente da Cotesa Engenharia