Como se realiza comissionamento de subestação

Uma subestação precisa passar pelo procedimento de comissionamento para garantir que todos os equipamentos, sistemas e funções estejam em perfeito funcionamento e respeitando as especificações do projeto.

O principal objetivo do comissionamento é assegurar a transferência da unidade civil ou industrial do construtor para o proprietário de forma ordenada e segura, garantindo sua operabilidade em termos de desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de informações.

O comissionamento é desenvolvido de acordo com as seguintes etapas:

– Comissionamento dos equipamentos de pátio;

– Comissionamento dos serviços auxiliares;

– Comissionamento dos cabos de força;

– Comissionamento do aterramento e SPDA;

– Comissionamento de proteção e controle;

– Comissionamento de fibra ótica/comunicação;

– Comissionamento dos sistemas de medição e faturamento

Ele pode ser aplicado tanto a novos empreendimentos quanto a unidades e sistemas existentes em processo de expansão, modernização ou ajuste.

É importante ainda considerar que, durante o transporte e a instalação, os componentes podem sofrer avarias que somente ensaios específicos conseguem detectar.

Durante essa atividade, é possível identificar os defeitos e problemas que a subestação possui antes de ser energizada, reduzindo a possibilidade de falhas e interrupções que afetem a segurança do ativo e a confiabilidade do sistema elétrico.

O início da operação de uma subestação só é permitido após o sucesso do comissionamento, porém para se chegar a esse resultado é necessário a realização de etapas, com a execução de diferentes testes

As principais etapas comuns do comissionamento de uma subestação estão listadas abaixo, podendo variar das especificidades da subestação e das regulamentações locais.

1 – Preparação

Revisão dos projetos e dos manuais de operação, preparação de listas de verificação e organização de ferramentas e equipamentos necessários para o comissionamento.

2 – Instalação dos equipamentos

São verificados se todos os equipamentos da subestação, como transformadores, chaves seccionadoras e interruptores, estão instalados de acordo com os projetos e as especificações do fabricante.

3 – Teste  de segurança

Necessário garantir que todas as medidas de segurança foram implementadas corretamente conforme as normas vigentes, por isso são inspecionados aterramento, bloqueio e etiquetagem de equipamentos, revestimento de cabos, conexões elétricas, alarmes de emergência e sistemas de desligamento de emergência.

4 – Teste elétrico

Os equipamentos são submetidos a testes elétricos para garantir que estão funcionando corretamente e que não há curtos-circuitos ou falhas. São realizados os testes de proteção, tensão e corrente, de continuidade, entre outros.

5 – Verificação do sistema de interface

É preciso verificar se os equipamentos da subestação estão se comunicando e funcionando juntos corretamente, através de testes de interface de comunicação, testes de controle remoto e testes de intertravamento.

6 – Teste de operação

A subestação é submetida a vários testes de operação para garantir que possa funcionar corretamente e fornecer energia elétrica estável.

7 – Relatório Técnico Conclusivo:

Ao finalizar todos os ensaios, testes e verificações, é elaborado um relatório técnico completo com todos os resultados desses testes e ensaios, obtendo assim as conclusões e recomendações. Através desse documento a equipe de manutenção local pode elaborar seu cronograma de manutenção como um todo.

É importante ter ferramental, equipe experiente e instrumentos de testes qualificados para realizar o comissionamento, garantindo assim que a subestação esteja funcionando corretamente e de forma segura.

A COTESA Engenharia 

A COTESA Engenharia é empresa responsável pela Operação & Manutenção de 112 subestações conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e possui 26 anos de experiência no setor elétrico.

Nossas equipes de engenheiros e técnicos são capacitados e treinados para realizar o comissionamento de subestações, garantindo a segurança para o funcionamento do ativo e a contribuição para a confiabilidade do sistema elétrico brasileiro.